Graça e Paz!
Dediquei os últimos 30 anos da minha vida ao trabalho missionário no exterior, com um único objetivo: desenvolver e consolidar uma visão missionária tão forte que, em 1995, tomei a decisão de entregar a igreja que pastoreava em Igarapé-Açu, no Pará, e partir — sem nenhum tipo de apoio institucional ou financeiro — para um campo estrangeiro, acompanhado da minha esposa e de nossos quatro filhos pequenos.
Mas Deus foi fiel desde o início até o fim. Aqui, conseguimos criar nossos filhos, que hoje são bem-sucedidos no mundo dos negócios. Segundo os propósitos determinados pela presciência divina, sobrevivemos com muito esforço, trabalhando em atividades seculares para manter nosso sustento, enquanto plantávamos igrejas entre comunidades de imigrantes nos Estados Unidos. Nos momentos mais difíceis, a fidelidade de Deus se manifestou com provisão, renovação de forças e suprimento para cada necessidade, inclusive nos períodos de enfermidade e acidentes que nos forçaram a interromper temporariamente as atividades profissionais.
Hoje entendo que foi necessário passar pelos apertos, pelas noites de clamor sem resposta e pelas dores silenciosas, para conhecer a fundo os desafios internos e externos que impedem a igreja de cumprir sua missão: levar o Evangelho a toda criatura, em todo território, cultura e ambiente onde houver almas a alcançar.
Foi com esse entendimento que desenvolvemos ferramentas práticas, educacionais e jurídicas para motivar pessoas, ministros e ministérios a uma atuação missionária mais eficiente. Sabemos que não podemos recuperar o tempo perdido, mas podemos corrigir erros, refinar metas e colocar em prática ações concretas para aproveitar bem o tempo que ainda temos — tempo este que Deus está concedendo à Sua igreja para reagir e vencer.
Com esse propósito, iniciamos em 2007 os Simpósios de Missões, realizados em diversos estados americanos.
Em 2014, nossa missão lançou o SEMIPAN – Seminário Missiológico Pan-Americano, um curso de formação missionária já ministrado por extensão em igrejas dos Estados Unidos, Argentina, Paraguai e Brasil, alcançando mais de 20 mil pessoas. Por meio de gráficos, mapas e análises históricas, o SEMIPAN mostra o que a igreja já realizou desde os seus primórdios e o que ainda precisa ser feito para concluir sua missão. Os testemunhos registrados desde 2014 são emocionantes e impactantes.
Em 2018, demos início ao projeto mais ousado da nossa missão: formar e sustentar obreiros nativos para plantar igrejas entre seus próprios povos na África. O projeto IGREJA PARA TODAS AS NAÇÕES já se estabeleceu até mesmo em campos de refugiados vítimas de guerras e catástrofes. O trabalho tem crescido — com batismos realizados no Oceano Índico, e em rios e lagos de Moçambique, Congo e Burundi.
A evangelização caminha junto com a assistência social. Já resgatamos famílias de zonas de guerra, custeamos cirurgias, alimentamos crianças órfãs e atendemos às necessidades emergenciais de cada momento.
Muitos ex-muçulmanos estão sendo batizados. E ao se converterem ao Evangelho, demonstram uma fé firme, muitas vezes dispostos a morrer por amor a Jesus. Os testemunhos desses irmãos são exemplos de coragem indescritível.
Mas compartilho essa história com um propósito: convidar você a apoiar nossa missão.
O Sistema Mundial de Missões, fundado em 1985 e reconhecido oficialmente pela CGADB, é hoje conhecido como Worldwide Missions Network (Rede de Trabalho Missionário ao Redor do Mundo), com sede em Saltville, Virgínia – EUA. No estado do Pará, muitos pastores estiveram conosco desde o início, como o querido Pastor Valdemar Nascimento Oliveira, nosso conselheiro desde os primeiros anos, além dos pastores Josias Camelo da Silva, Gutembergue Nova Alves, Jedilson Rodrigues, Gerson Rodrigues, José Maria Araújo e Carlos Soriano, entre muitos outros.
O SIMMI, como era chamado no início, foi fundado em Brasília – DF, tendo como cofundador o Pastor Alberico Mendonça, amigo pessoal e líder que ainda hoje atua ativamente na missão africana. Foi ele quem presidiu a primeira reunião oficial que aprovou nosso Estatuto.
Hoje, essa rede missionária reúne cristãos de diferentes classes sociais e posições eclesiásticas, todos comprometidos com a causa missionária mundial. E, de maneira individual ou coletiva, estão fazendo a diferença, com suas vozes, com seus recursos, e com sua mobilização para que o apoio financeiro, logístico e documental chegue onde é mais necessário: nos campos missionários.
Graças a Deus, esse apoio tem chegado. Ainda que os recursos não sejam suficientes diante dos desafios, a cada alma alcançada, batizada e salva, a diferença é feita.
A omissão missionária está sendo corrigida. E o Nome do Senhor está sendo glorificado em diferentes línguas e dialetos por aqueles que se convertem a Cristo.
O mais extraordinário de tudo isso é ver ex-muçulmanos que antes apoiavam a perseguição e execução de cristãos pelo islamismo radical, agora convertidos ao Evangelho — dispostos a sofrer e até entregar suas vidas por amor a Cristo e para alcançar outros em suas famílias, tribos e comunidades.
E eu creio que, quando eu — que escrevo — e você — que lê — já não estivermos mais aqui, Deus levantará outros obreiros para continuar essa obra, até que ela chegue aos confins da terra.
E se hoje mesmo você decidir fazer parte deste exército de ganhadores de almas?
Assim, amanhã estaremos mais fortes e unidos para conquistar ainda mais.
A escolha é sua.
Pela causa do Mestre,
Calby Amoras de Paiva
Missionário